Kuala Lumpur, domingo à noite. Trump, Lula e uma jornalista da Globo entram numa coletiva… parece piada, e é. Raquel Krähenbühl, correspondente da Globo (e campeã mundial em perguntas incômodas), quis saber se Trump iria conversar com Lula sobre Bolsonaro.
O americano, que não é exatamente conhecido pela delicadeza, respondeu com a ternura de um rinoceronte em hora extra:
👉 “Não é da sua conta.”
Silêncio na sala. Nem o tradutor teve coragem de repetir. Lula pigarreou, Trump sorriu, e a Globo já começou a montar o plantão dramático: “Trump humilha jornalista da democracia.”
Mas calma, o show não acabou. O ex-presidente dos EUA, entre um elogio e outro, resolveu jogar um afago gratuito no ex-presidente brasileiro: “Sempre gostei dele. Me sinto mal pelo que aconteceu. Achei ele um cara direto.”
Direto? Se fosse mais direto, o homem atravessava o Planalto e parava só em Miami.
Lula, visivelmente desconfortável, fingiu que o microfone estava com defeito e, num raro momento de união entre PT e PL, decidiu encerrar a coletiva.
“Pode sair, imprensa!” — disse, como quem pensa: ‘antes que ele resolva elogiar o Moro também.’
Trump, por sua vez, saiu satisfeito — cumpriu duas metas em uma frase: defendeu Bolsonaro e ainda deu uma bronca na Globo sem nem subir o tom. Bolsonaro, lá da Flórida, deve ter levantado o copo de leite e brindado: “É isso aí, The Donald! Fala por nós!”
E a Globo? Bom, essa saiu com um “não é da sua conta” que deveria virar slogan da emissora: “Globo — levando respostas atravessadas até você.”


