Bolsonaro não é mais candidato. Bolsonaro tem que se decidir. Bolsonaro está atrapalhando a direita.
Essa é uma das narrativas que têm circulado, mas, na prática, não encontram eco entre o eleitor conservador. O público que apoiou Jair Bolsonaro, que acredita em valores de direita e em um projeto de mudança, não se deixa influenciar por esse tipo de discurso.
A prisão domiciliar de Bolsonaro, vista por muitos como mais um atentado à democracia, representa, segundo essa visão, uma nova violação à Constituição e aos princípios legais. Mesmo assim, esse episódio não abalou o eleitorado que continua acreditando que a política pode ser diferente — que já viu um governo austero, sério e comprometido.
Há, entre seus apoiadores, a convicção de que o jogo ainda não terminou. Como num tabuleiro de xadrez, esperam o momento do “xeque-mate”. Para eles, o sistema atual se sustenta sobre um “banco de areia”, movido apenas pelo poder pelo poder. Mas acreditam que outras forças estão se unindo para desmontar essa estrutura.
A mensagem é direta: quem acredita que Bolsonaro atrapalha, que a direita está desunida ou que já deveria lançar outro candidato, não compreende o movimento nem o propósito de quem deseja transformar o país. Desistir, afirmam, não é uma opção para aqueles que ainda acreditam em uma mudança verdadeira.
Assim, para esse grupo, Jair Messias Bolsonaro segue sendo o candidato à Presidência em 2026.
Não há negociação, nem trégua. A aposta é em vencer uma estrutura de poder enraizada há décadas — vista como responsável pela crise política e moral que o país enfrenta.
E o alerta final é para todos: quem ignora a política pode acabar sendo parte do espetáculo. “O circo está sendo armado”, dizem. “Vai ser palhaço dele quem quiser — ou quem não prestar atenção.